quinta-feira, 23 de abril de 2009


DO SÍTIO VASSOURINHA
AVISTA-SE A CIDADE

A fazenda relembra antigos laço:
festas, passeios, açudes, banhos.

Ajunta-se água em barreiros, lajedos:
os corpos eram deuses em banho grego.

A porteira, os pés de algaroba,
os bois puxando arado, carroca,

a balança, a forrageira, os tachos,
cerca de facheiros no ocaso: fachos.

Meus olhos se debruçam nas casas
que dormem à sombra da Serra Aguda.

Francisnaldo Borges

2 comentários:

  1. Algaroba chorando, cê já viu. João?
    O poema é bonito e soa bucólico mesmo, o poeta conseguiu seu intento, parece que estou vendo o que ele relembra - e descreve - de forma tão singela.

    Oswaldo
    ps. Fake é apenas Orf, mas apesar do nome, é verdadeiro, mera private joke, depois lhe conto.

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  2. Fake, obrigado pelo comentário. Quero lhe enviar outros poemas: fran.bor@hotmail.com

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