O QUARTO EM DESORDEM
Na curva perigosa dos cinqüenta
derrapei neste amor. Que dor! que pétala
sensível e secreta me atormenta
e me provoca à síntese da flor
que não se sabe como é feita: amor,
na quinta-essência da palavra, e mudo
de natural silêncio já não cabe
em tanto gesto de colher e amar
a nuvem que de ambígua se dilui
nesse objeto mais vago do que nuvem
e mais defeso, corpo! corpo, corpo,
verdade tão final, sede tão vária,
e esse cavalo solto pela cama,
a passear o peito de quem ama.
Carlos Drummond de Andrade
Na curva perigosa dos cinqüenta
derrapei neste amor. Que dor! que pétala
sensível e secreta me atormenta
e me provoca à síntese da flor
que não se sabe como é feita: amor,
na quinta-essência da palavra, e mudo
de natural silêncio já não cabe
em tanto gesto de colher e amar
a nuvem que de ambígua se dilui
nesse objeto mais vago do que nuvem
e mais defeso, corpo! corpo, corpo,
verdade tão final, sede tão vária,
e esse cavalo solto pela cama,
a passear o peito de quem ama.
Carlos Drummond de Andrade
Arrasou, João: a poesia de Natal e de Minas no Rio.
ResponderExcluirAbraço
Viva! Viva!
ResponderExcluirBom começo, meu caro.
Em breve vou adicioná-lo
à Feira de Blogues do Balaio.
Um grande abraço.
obrigado, moacy. satisfeito estou com sua aprovação. grande abraço, joão
ResponderExcluirJoão na rua com Drummond: Copacabana em dia de sol. Mas a terra das dunas lhe chama. Avise quando chegar. Tenho lido você comentando meus poemas. Muito grato.
ResponderExcluirEi João, saudade! Apareça no Sol. Abç
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